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Os problemas de economizar demais em obras

Economizar em obras é o caminho ideal, muitas vezes perseguido pelos escritórios de engenharia do Brasil para aumentar a margem de lucros de um jeito simples e fácil. A economia em si é o que se procura, porém, economizar demais em obras pode ser um grande problema.

Quando se opta pela economia excessiva ao invés da qualidade, você tem um grande problema nas suas mãos, um que pode se manifestar imediatamente ou ir se mostrando na estrutura ao longo dos anos.

Neste artigo, vamos discorrer um pouco sobre essa situação, e mostrar como economizar demais em obras pode ser atrativo em um primeiro momento, mas com certeza irá trazer dores de cabeça no futuro.

Podemos começar?

 

Economiza versus qualidade: o que é melhor?

Não há nenhuma discussão: o que você deve buscar sempre em obras é a qualidade, sendo que a economia é algo desejável, mas não o foco principal.

Não nos leve a mal, nós somos completamente a favor de economizar onde for possível na obra, mas esse é o ponto: economizar dentro das possibilidades, sendo que quando a redução de custos começa a ser em detrimento da qualidade, é só uma questão de tempo até os danos começarem a surgir.

O que pode acontecer ao economizar demais em obras?

Economizar demais em obras, tanto tempo quanto dinheiro, traz sérios riscos à edificação, e os lucros se mostram somente a curto prazo. É como definiu André Mendes, secretário de Fiscalização de Obras do Tribunal de Contas da União, em uma palestra em 2010: “A origem dos problemas nas obras públicas está na falta de qualidade dos projetos. Aqueles seis meses que se adianta vão custar, muitas vezes, dois anos de problemas futuros.”

E esses contratempos podem ser vários, indo desde os mais simples, como encanamentos rompidos, acabamento mal executado e trincas nas paredes até os mais graves, que podem colocar toda a estrutura em risco.

Separamos aqui os casos mais comuns de economia em detrimento da qualidade, e o que isso representa na maioria das vezes:

  • Má execução do serviço: essa é a situação mais comum. Se o serviço normalmente é realizado em seis meses, fazê-lo em três terá impactos relevantes na sua qualidade. Com isso surgem transtornos como lajes mal impermeabilizadas, trincas nas paredes, encanamento de fácil rompimento, paredes fora do esquadro, etc.
  • Desvalorização do empreendimento: economizar demais em obras também tem outro lado negativo, a desvalorização do empreendimento. Quando as questões estruturais relacionadas à pressa na obra começam a surgir, também vem com elas a desvalorização, pois um dos aspectos fundamentais que agregam valor a um imóvel é justamente a qualidade.
  • Manutenções constantes: na maioria dos casos, economizar demais em obras gera grandes custos no futuro com manutenções não previstas. Isso porque, como você pode imaginar, os problemas definitivamente irão aparecer, e para evitar transtornos e danos maiores, precisam ser corrigidos.
  • Insegurança: Um dos maiores reveses que economizar demais em obras apresenta é a insegurança do empreendimento. Com sorte, os maiores danos estarão relacionados com má execução do acabamento e transtornos menores, mas eles também podem se mostrar como baixa resistência das fundações à tração, muros de contenção fracos, paredes sem a solidez necessária, etc.

Isso tudo coloca em risco à integridade física do prédio e dos seus moradores, o maior pesadelo dos engenheiros, arquitetos e das construtoras. Evitar é fácil, então por que não começar agora?

 

Economizar demais em obras: onde o barato sai caro

Obedecer às regulamentações técnicas de segurança estrutural não é uma opção: a ABNT especifica vários pontos obrigatórios nos projetos por um motivo, e cortá-los para economizar ou acelerar a obra é perigoso e não recomendável.

Você pode enfrentar obstáculos em várias fases do projeto: nas fiscalizações durante a execução da obra, vistorias finais para a entrega, no processo de construção, depois da entrega, etc. O grande problema de economizar demais em obras é não saber exatamente como e quando os problemas irão surgir.

Isso te coloca em uma situação complicada, onde não é possível garantir um trabalho bem feito. Se passos importantes da obra são ignorados, de uma forma ou de outra e em algum momento você pagará o preço por isso.

Nossa recomendação, caso não tenha ficado claro durante o artigo, é não tentar economizar demais em obras. Confira logo abaixo algumas soluções que funcionam em termos de economia e qualidade ao mesmo tempo, sem atrapalhar a integridade da obra:

  • Laje nervurada: podem ser aplicadas em grande parte dos prédios, dispensam vigas e são tão resistentes como uma laje comum. O melhor? Elas possuem espaços vazios na sua superfície, sendo que as extremidades desses vãos funcionam como nervuras com muita resistência à tração. Com isso é possível economizar em materiais e garantir a melhor qualidade.
  • Tijolos de solo cimento: normalmente mais baratos e mais sustentáveis, a alvenaria de solo cimento é tão resistente quanto a comum. Esse tipo de tijolo se utiliza mais da terra do que dos outros ingredientes, o que abaixa seu preço ao mesmo tempo em que garante sua solidez.
  • Pré moldados: faça um estudo para entender se os pré moldados são viáveis no seu prédio. Normalmente, comprá-los em grande quantidade pode sair mais barato, e eles são muito mais rápidos de montar do que concretar lajes e vigas, e oferecem menos mão de obra.

 

Mas a dica mais importante de todas é contar com o apoio de profissionais habilitados e que trabalham com seriedade. Quer conhecer alguns? Então entre em contato com a Neway e vamos continuar essa conversa!

(imagens: divulgação)